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quinta-feira, novembro 26, 2009

Alicerçando Imagens # 158 - John Singer Sargent


Shipping, Majorca

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terça-feira, novembro 24, 2009

Alicerçando Poesia # 385 - José Craveirinha

Um Homem Nunca Chora

Acreditava naquela história
do homem que nunca chora.
Eu julgava-me um homem.
Na adolescência
meus filmes de aventuras
punham-me muito longe de ser cobarde
na arrogante criancice do herói de ferro.
Agora tremo.
E agora choro.
Como um homem treme.
Como chora um homem!

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sábado, novembro 21, 2009

Alicerçando Poesia #384 - Adélia Prado

Anímico

Nasceu no meu jardim um pé de mato
que dá flor amarela.
Toda manhã vou lá pra escutar a zoeira
da insetaria na festa.
Tem zoada de todo jeito:
tem do grosso, do fino, de aprendiz e de
mestre.
É pata, é asas, é boca, é bico, é grão de
poeira e pólen na fogueira do sol.
Parece que a arvorinha conversa.

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terça-feira, novembro 17, 2009

Alicerçando Poesia # 383 - Agostinho da Silva

Sou Marujo, Mestre e Monge

Sou marujo, mestre e monge
marujo de águas paradas
mas que levam os navios
às terras por mim sonhadas

Também sou mestre de escola
em que toda a gente cabe
se depois de estudar tudo
sentir bem que nada sabe

Mas nem terra ou mar me prendem
e para voar mais longe
do mosteiro que não houve
e não haja, me fiz monge

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sexta-feira, novembro 13, 2009

Alicerçando Poesia # 382 - Hilda Hist

"Sinto-me livre para fracassar"


O escritor e seus múltiplos vem nos dizer adeus.
Tentou na palavra o extremo-tudo
E esboçou-se santo, prostituto e corifeu. A infância
Foi velada: obscura na teia da poesia e da loucura.
A juventude apenas uma lauda de lascívia, de frêmito
Tempo-Nada na página.
Depois, transgressor metalescente de percursos
Colou-se à compaixão, abismos e à sua própria sombra.
Poupem-no o desperdício de explicar o ato de brincar.
A dádiva de antes (a obra) excedeu-se no luxo.
O Caderno Rosa é apenas resíduo de um “Potlatch”.
E hoje, repetindo Bataille:
“Sinto-me livre para fracassar”.

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quarta-feira, novembro 11, 2009

Alicerçando Poesia # 381 - Adolfo Casais Monteiro


Jazz

Numa cadência de enigma
entrecortada de espasmos
saltos berros mil ruídos
o jazz canta a saudade
dum sonho que não se sabe.
Chora o jazz a velha perda
dum paraíso qualquer
deixado em longes de sombra.
E no seu ritmo diverso
langoroso e crepitante
martelado e insistente
triste e cheio de alegria
passa a sombra dolorosa
do que há muito está perdido.

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