#footer { width:660px; clear:both; margin:0 auto; } #footer hr { display:none; } #footer p { margin:0; padding-top:15px; font:78%/1.6em "Trebuchet MS",Trebuchet,Verdana,Sans-serif; text-transform:uppercase; letter-spacing:.1em; }

sexta-feira, julho 20, 2007

Alicerçando Poesia # 253 - António Ramos Rosa

Do ócio esperado
Quando o sossego é só sossego e a visão do mar espraia a nossa identidade
sentimo-nos cúmplices da terra na densidade azul
e respirando pertencemos à leve vibração
de um ser anónimo vagamente feliz
que renova em nós os alvéolos do sangue
e dança na linfa com os seus élitros verdes
O peito levanta-se com os seus campos e regatos
e ergue-se até à cúpula das estrelas latentes
O ócio murmura nas esferas e cintila nos monótonos fulgores
e o sentido de tudo liberta-se de si mesmo
para ser a liberdade de um presente inextinguível
Se se pode tocar o ardor na sua fuga tentamos projectá-lo em grãos incandescentes
para que a boca que os lê possa reencontrar o seu sabor primordial

Etiquetas: