Alicerçando Poesia # 371 - Herberto Helder
Ninguém se aproxima de ninguém se não for num murmúrio,
entre flores altas: camélias de ar
espancado, as labaredas dos aloés erguidas
de uma carne difícil.
A beleza que devora a visão alimenta-se da desordem.
O espaço brilha dela, sussura quando passa por uma imagem
tão leve que não suporta o peso
brusco
do sangue - as veias da garganta contra a boca.
entre flores altas: camélias de ar
espancado, as labaredas dos aloés erguidas
de uma carne difícil.
A beleza que devora a visão alimenta-se da desordem.
O espaço brilha dela, sussura quando passa por uma imagem
tão leve que não suporta o peso
brusco
do sangue - as veias da garganta contra a boca.
Última Ciência, in Ofício Cantante, poesia completa, Assírio & Alvim
Etiquetas: Poesia
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