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quinta-feira, julho 09, 2009

Alicerçando Poesia # 371 - Herberto Helder

Ninguém se aproxima de ninguém se não for num murmúrio,

entre flores altas: camélias de ar

espancado, as labaredas dos aloés erguidas

de uma carne difícil.

A beleza que devora a visão alimenta-se da desordem.

O espaço brilha dela, sussura quando passa por uma imagem

tão leve que não suporta o peso

brusco

do sangue - as veias da garganta contra a boca.



Última Ciência, in Ofício Cantante, poesia completa, Assírio & Alvim

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