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segunda-feira, outubro 24, 2005

Alicerçando Palavras # 106 - Hegel 1770/1831


O verdadeiro ponto crítico nesta vida de Deus é aquele em que ele abandona a sua existência singular como este homem, a Paixão, o sofrimento na cruz, o calvário do espírito, o suplício da morte. Ora, na medida em que aqui está implícito no próprio conteúdo que a aparência externa, corpórea, a existência imediata como indivíduo, se mostre na dor da sua negatividade como o negativo, para que o espírito atinja a própria verdade e o próprio céu mediante o sacrifício do sensível e da singularidade subjectiva, esta esfera de representação afasta-se mais do qualquer outra do ideal plástico clássico.

De facto, por um lado, corpo terreno e a fragilidade da natureza são em geral elevadas e honradas pelo facto de ser o próprio Deus que nelas aparece; por outro lado, é precisamente este humano e corpóreo que é posto como negativo e transparece na dor, enquanto no ideal clássico ele não perde a imperturbada harmonia com o espiritual e substancial.


Hegel, Estética III, 1798-1800