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quinta-feira, dezembro 11, 2008

Alicerçando Palavras # 172 - Carlos de Oliveira

Pego na folha de papel, onde o bolor do poema se infiltrou levanto-a contra a luz, distingo a marca de água (uma ténue figura emblemática) e deixo-a cair. Quase sem peso, embate na parede, hesita paira como as folhas das árvores no outono (o mesmo voo morto vegetal) e poisa sobre a mesa para ser o vagaroso estrume doutro poema.

antologia poética, Ed. Quasi

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