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quarta-feira, janeiro 26, 2011

Alicerçando Poesia # 445 - W. B. Yeats

The cat and the Moon

The cat went here and there
And the moon spun round like a top,
And the nearest kin of the moon,
The creeping cat, looked up.
Black Minnaloushe stared at the moon,
For, wander and wail as he would,
The pure cold light in the sky
Troubled his animal blood.
Minnaloushe runs in the grass
Lifting his delicate feet.
Do you dance, Minnaloushe, do you dance?
When two close kindred meet,
What better than call a dance?
Maybe the moon may learn,
Tired of that courtly fashion,
A new dance turn.
Minnaloushe creeps through the grass
From moonlit place to place,
The sacred moon overhead
Has taken a new phase.
Does Minnaloushe know that his pupils
Will pass from change to change,
And that from round to crescent,
From crescent to round they range?
Minnaloushe creeps through the grass
Alone, important and wise,
And lifts to the changing moon
His changing eyes.

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segunda-feira, janeiro 17, 2011

Alicerçando Palavras # 161 - Almada Negreiros


A FLOR



Pede-se a uma criança. Desenhe uma flor! Dá-se-lhe papel e lápis. A criança vai sentar-se no outro canto da sala onde não há mais ninguém. Passado algum tempo o papel está cheio de linhas, Umas numa direcção, outras noutra; umas mais carregadas, outras mais leves; umas mais fáceis, outras mais custosas. A criança quis tanta força em certas linhas que o papel quase não resistiu. Outras eram tão delicadas que apenas o peso do lápis já era demais. Depois a criança vem mostrar essa linhas às pessoas: uma flor! As pessoas não acham parecidas estas linhas com as de uma flor! Contudo, a palavra flor andou por dentro da criança, da cabeça para o coração e do coração para a cabeça, à procura das linhas com que se faz uma flor, e a criança pôs no papel algumas dessas linhas, ou todas. Talvez as tivesse posto fora dos seus lugares, mas, são aquelas as linhas com que Deus faz uma flor!

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sexta-feira, janeiro 07, 2011

Alicerçando Imagens # 171 - Mark Rothko




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domingo, janeiro 02, 2011

Alicerçando Poesia # 444 - Fernando Pessoa

XXI


- Amo como o amor ama.

Não sei razão pra amar-te mais que amar-te.

Que queres que te diga mais que te amo,

Se o que quero dizer-te é que te amo?

..................................................................

Quando te falo, dõi-me que respondas

Ao que te digo e não ao meu amor.

...................................................................

Ah! não perguntes nada; antes me fala

De tal maneira, que, se eu fôra surda,

Te ouvisse todo com o coração.



Se te vejo não sei quem sou: eu amo.

Se me faltas [...]

...Mas tu fazes, amor, por me faltares

Mesmo estando comigo, pois perguntas -

Quando é amar que deves. Se não amas,

Mostra-te indiferente, ou não me queiras,

Mas tu és como nunca ninguém foi,

Pois procuras o amor pra não amar,

E, se me buscas, é como se eu só fôsse

Alguém pra te falar de quem tu amas.

.............................................................

Quando te vi amei-te já muito antes.

Tornei a achar-te quando te encontrei.

Nasci pra ti antes de haver o mundo.

Não há cousa feliz ou hora alegre

Que eu tenha tido pela vida fora,

Que o não fôsse porque te previa,

Porque dormias nela tu futuro.

............................................................

E eu soube-o só depois, quando te vi,

E tive para mim melhor sentido,

E o meu passado foi como uma 'strada

Iluminada pela frente, quando

O carro com lanternas vira a curva

Do caminho e já a noite é tôda humana.

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Quando eu era pequena, sinto que eu

Amava-te já longe, mas de longe...

...............................................................

Amor, diz qualquer cousa que eu te sinta!

-Compreendo-te tanto que não sinto,

Oh coração exterior ao meu!

Fatalidade, filha do destino

E das leis que há no fundo dêste mundo!

Que és tu a mim que eu compreenda ao ponto

De o sentir...?

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Excerto do Fausto

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